28.3.05

Sobre a Páscoa (parte final)

O último inimigo que será destruído será a morte.
1 Coríntios 15. 26.

Jesus, como diz o hino, é nossa Vera Páscoa. Nele toda a realidade da mensagem pascal, desde o início, tem o cumprimento. Jesus é o Deus que ouve a súplica do povo que andava em trevas. Ele é o Deus que vê o estado terrível, mergulhado na lama e no pecado, em que essa gente, nós mesmos, nos encontrávamos.
Jesus desce a fim de livrá-lo. Ele se encarnou e se fez de um de nós. E se fez carne semelhante ao pecado e foi obediente ao propósito de Deus até o fim. Encarnou-se para ir à Cruz e até a Cruz foi para nos salvar pela Sua grande graça. Ali venceu de maneira tremenda. Venceu o pecado, despojou principados e potestades, os expondo à vergonha e ao desprezo eterno. Toda dívida que era nossa, impagável, foi rasgada e cravada naquela Cruz. Foi pago um Alto Preço. Preço de sangue.
Esmagou a cabeça da serpente e destruiu as obras da Satanás. Libertou os cativos. Refez toda a história humana. Mas faltava uma coisa. Uma coisa que não estava envolvida no tão esperado “está consumado”. Havia um último inimigo a ser vencido. Jesus estava morto. Mas vinha chegando um domingo.
O último inimigo a ser vencido, a morte. Ela tentou eclipsar o Sol da justiça, mas na manhã do domingo a ordem do universo foi subvertida definitivamente. Raiou com um brilho eterno o Sol. Raiou com luz suficiente para iluminar corações por todos os séculos dos séculos. Raiou com o calor eterno do aconchego aos braços do Pai. Raiou, dizendo Amém a toda que fora consumada dois dias antes. O Sol raiou, mostrando a cada um que tudo aquilo valeu a pena. Que a vitória é real. Que não há motivo para lamento e dor, choro e tristeza, porque o Deus do universo transformou as nossas lágrimas em danças, a nossa angústia em festa. Nós, o povo que andávamos em trevas, vimos uma luz que nos mudou para sempre. O tempo de nossa tristeza e angústia está passando.
O último inimigo foi vencido. Não temos o que temer. Jesus ressuscitou como as primícias. Ele está vivo! Celebremos! Judeus e gentios, homens e mulheres, escravos e livres, agora todos são um com o Senhor. Ele está vivo! Ele está sentado no trono e Ele virá em tempo e hora que não nos compete saber.
Como João, só nos restar chorar. Porque se encontra ali Aquele que tem a história nas mãos. O Leão da Tribo de Judá, o famoso descendente do rei Davi, conseguiu a vitória e pode quebrar os sete selos e abrir o livro. Então vi um Cordeiro de pé no meio do trono... (Ap. 5. 5 – 6).
O Cordeiro ressuscitado virá até nós, nos buscará para vivermos em um novo mundo, novos céus e nova terra, onde toda lágrima é enxugada, onde não haverá dor, onde a morte não será mais que uma lembrança. Onde toda tristeza terá sido deixada para trás. O Sol da Justiça ressuscitado brilhará, por fim, no meio de nós. Nada necessitaremos porque seremos, finalmente, inteiramente dEle para sempre. Essa história terá chegado ao fim quando o Cordeiro quebrar os selos e abrir o livro.

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