12.7.05

Nas fontes erradas

O meu povo cometeu dois pecados: eles abandonaram a mim, a fonte de água fresca, e cavaram cisternas, cisternas rachadas que deixam vazar a água da chuva.
Jeremias 2. 13

Existem duas coisas sobre as quais Deus tem me falado muito. Primeiro, Deus tem me desafiado a buscar a Sua intimidade cada vez mais, cada instante mais. Ele me tem mostrado a importância e fundamental necessidade de entrar em uma relação de comunhão com Ele, ao ponto de comer a carne e beber o sangue de Jesus. Comunhão e intimidade profundas com Ele, uma relação nova e radical.
O outro grande desafio que Deus tem trazido à minha vida é a urgente necessidade de quebrar o coração. Deus tem me falado que ainda tenho a chance de arrebentar as paredes de meu coração, antes que Ele mesmo venha fazer isso. E sei que Deus vai fazê-lo em breve.
Os dois pontos estão relacionados intimamente. Ligam-se, necessariamente, pelo apelo ao arrependimento: Nenhuma outra nação trocou os seus deuses por outros que nem eram deuses de verdade. Mas o meu povo me trocou, trocou a mim, o seu Deus glorioso, por deuses que não podem ajudá-los. Por isso, eu, o Senhor, vou mandar que o céu trema de horror e que fique cheio de pavor e de espanto. O meu povo cometeu dois pecados: Eles abandonaram a mim, a fonte de água fresca, e cavaram cisternas, cisternas rachadas que deixam vazar a água da chuva (Jr. 2. 11 – 13). Muitas vezes tenho visto o povo de Deus sentado em seus bancos de igreja, vendadas, incapazes de perceber as vendas em seus olhos e incapazes de perceber o que acontece à Sua volta. Sedentos, não percebem a Água da vida disposta à Sua frente e aceitam tentar saciar a sua sede com qualquer água amarga oferecida. É um povo que abandonou a fonte de água fresca. É preciso nos arrependermos disso e quebrarmos o nosso coração.
Como podemos chegar a esse ponto? Como realizamos essa troca da água fresca pelos poços rachados? É o desconhecimento que nos mata. Temos nossa sede espiritual mas em vez de convertê-la em uma busca ardente e consciente pela intimidade de Jesus, terminamos nos rendendo a qualquer espírito religioso, qualquer prática passageira.
Sendo mais claro. Muitas vezes, como cristãos, queremos buscar a Deus para saciar nossa sede espiritual. Mas não O buscamos na fonte certa. Queremos buscar a Deus sem quebrar o coração, sem nos relacionarmos em intimidade com Ele por meio da Palavra. Isso faz de nós idolatras, porque termina não sendo ao Deus vivo o nosso culto, mas sim às imagens dEle que construímos em nossos corações. Construímos esses ídolos por não nos dispormos a conhecê-Lo de verdade. Mas o meu povo me trocou, trocou a mim, o seu Deus glorioso, por deuses que não podem ajudá-los.
Isso faz com que se multiplique no meio do povo uma multidão de ídolos. Isso nos faz um povo que abandona o Senhor. Desde os membros mais simples até a liderança mais graduada, adoramos a deuses que construímos segundo nosso coração, acreditando que é ao Deus vivo, que desconhecemos, que adoramos e servimos: Deus diz: “O meu povo não tem juízo e não me conhece. Eles são como crianças tolas que não compreendem as coisas. Para fazer o mal, são espertos, mas não sabem fazer o bem” (Jr. 4. 22).
É essa a conexão entre o desafio a buscarmos a intimidade do Senhor e o arrebentar as paredes do coração: o desafio ao arrependimento por termos abandonado o Senhor e adorado nossos ídolos, construídos porque não O conhecemos de verdade, porque não nos comprometemos com a Sua comunhão nem com Sua Palavra: Voltem, todos vocês que abandonaram o Senhor, pois Ele vai curar a sua infidelidade (Jr. 3. 22).

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