21.8.05

Festa

Louvem a Deus, o Senhor, com danças e, em seu louvor, toquem pandeiros e liras.
Salmo 149. 3

Ontem eu participei de dois momentos de explosão de festa e de júbilo marcantes para mim. Tremendos de verdade. Primeiro, no início da noite, preguei no culto de aniversário de um grupo de dança de uma de nossas igrejas aqui em Natal. Deus ministrou tremendamente ao meu coração durante todo o culto. E falou poderosamente comigo, mostrando na prática que o louvor é a expressão de vida que nasce de um coração que, apaixonado por Jesus, se extasia diante da ação poderosa de Deus para nos livrar, conduzir e abençoar. Esse êxtase, essa alegria infinda, se manifesta em lábios jubilosos, em danças festivas, em explosões incontidas.
Assim como aquele grupo precisava entender que dançava para ministrar à igreja, mas como manifestação e expressão de uma vitória e um louvor tremendos, assim nós também precisamos entender que o nosso louvor é fruto de lábios que conhecem e confessam Jesus, de maneira plena e total. O louvor é a celebração máxima, que se manifesta de várias formas, da alegria que o Senhor nos dá ao nos conduzir à vitória em todo o tempo. Como Israel celebrou e dançou, com alegria, na margem do mar Vermelho, explodindo em comemoração por aquilo que Deus, o Senhor, fez contra o Egito e em seu favor (Ex. 15). Louvem a Deus, o Senhor, com danças e, em seu louvor, toquem pandeiros e liras.
De lá, eu voltei correndo para casa. Iria, mais tarde, para uma festa de formatura. E ali, mais momentos de êxtases. A alegria de celebrar a vitória depois de quatro anos e meio de luta era contagiante na face de cada um dos formandos. É óbvio que nessas horas os excessos acontecem, mas a festa pela conquista é plenamente justificável. E a alegria que dominava os corações conduzia a todos à plena e livre manifestação de regozijo e festa. Foi uma festa linda. Foi uma celebração. E também ali, apesar de muito poucos terem a consciência de Deus em suas vidas, lembrei-me da festa de Israel após a vitória sobre o Egito e o Faraó, nas margens do mar.
O que torna essa alegria cada vez mais incontida? Ontem percebi que há uma relação, na prática, diretamente proporcional. Quanto maiores as lutas, as aflições, as dificuldades que enfrentamos. Quanto maiores as tristezas, quanto mais intensas as dores. Quanto mais sofremos na esperança de um fim vitorioso, maior será o nosso júbilo. Mais extática a nossa festa. Mais incontida a nossa celebração. Mais tremenda a nossa alegria. Menos nos portaremos de acordo com aquilo que até julgamos ser conveniente. Nossa dança, nossa festa, nosso louvor, nossa alegria e nossa celebração tenderão a ser incovenientes. Porque nosso êxtase está na vitória do Senhor.
Nessa hora eu lembro de Davi. Após tantas lutas, após as dificuldades em fazer a vontade de Deus, principalmente, após a luta para a conquista da cidade e o desejo de conduzir a Arca até Jerusalém, Davi celebra esse culto com todas as suas forças. Da forma mais honesta e sincera que seu coração conhece: Davi, vestindo um manto sacerdotal de linho, dançou com todo entusiasmo em louvor a Deus, o Senhor. E assim ele e todos os israelitas levaram a arca da aliança para Jerusalém, com gritos de alegria e sons de trombeta (2 Sm. 6. 14 – 15).
Todos conhecemos como Mical julgou a festa de Davi como inconveniente: Que bela figura fez hoje o rei de Israel! Parecia um sem-vergonha, mostrando o corpo para as empregadas dos seus funcionários (2 Sm. 6. 20). Diante da postura da esposa, o rei responde com honestidade: Eu estava dançando em louvor ao Senhor, que preferiu me escolher em vez de escolher o seu pai e os descendentes dele e me fez o líder de Israel, o seu povo. Pois eu continuarei a dançar em louvor ao Senhor e me humilharei ainda mais diante dele. Você pode pensar que eu não sou nada, mas aquelas moças de quem você falou vão me dar valor! (2 Sm. 6. 21 – 22). No êxtase da alegria pelas conquistas do Senhor, não há lugar para conveniência, apenas festa e alegria incontidas.
O texto de Êxodo 15 nos fala sobre festa e alegria pelas vitórias. Mas essas vitórias, lembre sempre, serão festejadas com cada vez mais alegria na dimensão do tamanho das inúmeras lutas que enfrentamos. Quanto a maior a luta, maior será a celebração de vitória. Como foi o culto às margens do mar, conduzido por Moisés e Miriam. Como foram as festas que fui ontem. Celebrações extasiadas pelas vitórias conquistadas, não por nós mesmos, mas pelo Senhor dos Exércitos, o nosso Deus, em nossas vidas. Festejamos a vitória do Senhor. Se não agora, em algum momento no futuro, mas estejamos certos que esse momento virá: a festa pela vitória que o Senhor conquistou em nossas vidas: Cantarei ao Senhor porque Ele conquistou uma vitória maravilhosa (Ex. 15. 1)

Um comentário:

Paula disse...

Nós fomos resgatados da morte para o Seu louvor.