28.9.05

O que me preocupa

Está chegando o dia do castigo, o dia em que Deus castigará o Seu povo.
Oséias 9. 7

Muita gente tem falado, pensado e se preocupado acerca do juízo de Deus que há de vir sobre o mundo. As pessoas muito têm falado sobre os sinais dos tempos que marcam o início do fim de todas as coisas. Outro dia, me falaram sobre visões que dão conta de calamidades, como ações de Deus em castigo dos pecadores. Falavam-me que isto se daria em minha terra, segundo tem sido dito.
Essas coisas, com sinceridade, não me preocupam. Se uma calamidade viesse contra a minha cidade e mesmo me ceifasse a vida, estaria tranqüilo porque eu conheço o Deus a Quem sirvo e ainda que minha vida aqui se acabasse, tenho a eternidade inteira para gozar a vida plena com o Senhor. Não é, pois, esse juízo que me preocupa.
O que me preocupa é o castigo de Deus contra o meu pecado, contra o Seu povo. Está chegando o dia do castigo, o dia em que Deus castigará o Seu povo. Deus é santo e eu, pecador. Se há alguma coisa que tenho certeza é que Deus agirá para extirpar o pecado do Seu povo e para torná-lo santo. Por isso, o Seu juízo começa pelo Seu próprio povo: Pois o tempo de começar o julgamento já chegou, e os que pertencem ao povo de Deus serão os primeiros a serem julgados (1 Pe. 4. 17). É esse o juízo que me preocupa, porque, se eu não mudar a minha vida, Deus agirá para mudá-la e isso pode doer muito.
Está chegando o dia do castigo, o dia em que Deus castigará o Seu povo. Se há algo que devemos temer não é uma calamidade, como terremoto, furacão ou tsunami, mas o fogo santo do Senhor queimando em nosso meio para nos purificar, nos julgando em nossas culpas, quebrando a nossa vida, moldando o nosso caráter. E não falo em temer porque essa ação de Deus seja má em nossas vidas, mas porque pode ser evitada, doerá e durará na medida em que demorarmos mais para tomarmos a decisão e dispormos o coração para mudar.
Há dias em que olho para o meu coração, vejo meu pecado e me pergunto se ainda existe graça e misericórdia para mim na presença do Senhor, se ainda tenho chance e tempo de mudar, ou se, ao contrário, o castigo de Deus vai me apanhar. Sei que sou filho em Cristo, então que venha o castigo se necessário. “Preste atenção, meu filho, quando o Senhor o castiga, e não se desanime quando Ele o repreende. Pois o Senhor corrige quem Ele ama e castiga quem Ele aceita como filho”. Suportem o sofrimento com paciência como se fosse o castigo dado por um pai, pois o sofrimento de vocês mostra que Deus os está tratando como Seus filhos. Será que existe algum filho que nunca foi corrigido pelo pai? Se vocês não são corrigidos como acontece com todos os filhos de Deus, então não são filhos de verdade, mas filhos ilegítimos (Hb. 12. 5 – 8). O castigo de Deus contra o Seu povo é prova do Seu amor por nós que jamais se acaba!
Como filhos de um Deus santo, conscientes do nosso pecado, sabemos que somos chamados para manifestarmos a santidade de nosso Pai em nossas vidas. Por isso, Ele agirá de toda maneira para que isso aconteça, uma vez que santidade não pode ser gerada por ações humanas. Santidade é resultado da ação de Deus em nossas vidas. Eu não posso, em minhas forças, me fazer santo, mas sou santificado, mesmo que doa e mesmo que por meio de um castigo, por ação soberana do Espírito Santo de Deus, que habita em mim. Ele nos santificará como fruto de Si mesmo em nós: Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio. E contra essas coisas não existe lei. As pessoas que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a natureza humana delas, junto com todas as paixões e desejos dessa natureza (Gl. 5. 22 – 24).
Deus nos quer santos, refletindo Sua glória ao mundo. Ele quer a Sua luz brilhando através de nós, transformando vidas, impactando o mundo. Por isso, como a filhos, Ele nos tratará para nos corrigir: Está chegando o dia do castigo, o dia em que Deus castigará o Seu povo.

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