1.4.06

Beleza

O meu nome é maravilhoso
(Jz. 13. 18)

A beleza é eterna. Ontem fiquei emocionado ao perceber isso mais uma vez, ouvindo uma canção. A música é bela, seja ela qual for. Ouvia, ao fim de um belo dia, a música de Francis Hime no programa de Serginho Groissman. Ouvindo Pivete, encantei-me com o gênio humano que é capaz de juntar sons – os mais dissonantes – e fazer música. A música e a beleza são eternas. E, assim, nos apontam o Rei sentado no Trono do Universo.
Ontem foi um dia de beleza para mim. Mais uma vez me emocionei, encantado, por assistir de novo o belíssimo Um violinista no telhado. Lágrimas correram nas mesmas cenas que tantas vezes antes me fizeram chorar. A beleza da história, as canções que encantam. A beleza é eterna, enebria, encanta, envolve, impacta, transforma. A beleza e o prazer, pensei ontem, são as coisas que nos levam a experimentar o Divino em Cristo de maneira mais plena.
Belos olhos me observaram todo o dia. Olhos de nova vida manifesta em alguém que é imagem e semelhança de Deus. Alguém que é eternamente belo e que eu não sou capaz de acreditar – por honestidade intelectual – que está condenado a se esgotar em uma vida de uns poucos anos. A beleza é eterna, nasce em Deus – o Belo –, gera-se em nós e nos conduz triunfantes de volta à eternidade com o Pai.
A beleza, às vezes, dói. Porque a beleza é um outro nome do amor. E o amor tantas vezes dói. E eu não estou falando sobre um romance, mas da maior história de amor dentre todas já vividas e já contadas. A história do amor que tanto amou que se fez o ser amado e morreu a sua morte. Amor que trouxe a vida a quem tanto por si foi amado. Esse é um amor que dói, porque é um amor que vai às últimas conseqüências – à Cruz.
Por isso, a beleza-amor eterno, que nasce em Deus – o Belo e o Amor – são os remédios que Deus traz à nossa alma doente e marcada pelo pecado. Enquanto nos sentimos fracos e aleijados – deformados – pelo pecado de nossas vidas, o amor e a beleza que Deus nos traz são bálsamo sobre as feridas, sobre a dor, sobre a tristeza, sobre o pecado. O belo e o amor, em Deus – o Eterno – curam e restauram por inteiro nossa vida. Fazem-nos novo. Lavam o que não é para estar. E põem no lugar o que é eterno e nos é dado para nos conduzir de novo aos braços do Pai.
A beleza e o amor eternos são manifestos em coisas que nos dão prazer e em coisas que nos incomodam. Quando mergulhamos nosso coração dolorido nas profundezas dos rios do amor de Deus, incomodados pela realidade injusta da graça, apagam-se as listas de nossa mente, apagam-se a culpa e o pecado. Sobram-nos a beleza, a graça, o amor e o prazer. Resta Deus em nosso coração, em nossa comunhão. Resta-nos a vida. É bom sermos espiritualmente fortes por meio da graça de Deus e não por meio da obediência a essas regras... (Hb. 13. 9).

Ausência

Estive ausente nos últimos tempos em virtude de estar fazendo dois concursos para professor substituto. No último deles, em João Pessoa, fui aprovado. E agora cuido de mais esta mudança em minha vida. Em virtude disso, dessa grande bênção dada pelo Pai do Céu – a quem louvo e agradeço – devo sumir mais um pouco. Pelo menos até me reestabilizar por lá. Perdão, então, pela ausência mais uma vez.

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