1.1.17

Aflição

Se esses dias de aflição seguissem o curso normal, ninguém suportaria.
Marcos 13. 20


Talvez porque 2016 tenha sido, provavelmente, o pior ano de minha vida, chamou minha atenção a quantidade de pessoas nas redes sociais e em outros espaços falando de quão ruim o ano que passou foi.

Não apenas por causa das crises (econômica, política, social) que enfrentamos em nosso cotidiano - e que, infelizmente, não foram magicamente resolvidas quando o relógio bateu a primeira meia-noite de 2017. Parece que todos nós passamos por crises pessoais intensas, por sofrimentos, por dores. Doenças graves, rupturas, brigas, inconstâncias, tragédias, mortes: ninguém, com raras exceções, pareceu feliz com 2016 nos últimos instantes do ano.

Foi um ano aflitivo até o fim.

Mas a palavra de Jesus nos ajuda a perceber o cuidado de Deus:


Se esses dias de aflição seguissem o curso normal, ninguém suportaria.



Quando passamos por uma forte aflição é possível considerar que não dá mais para suportar. No enfrentamento de uma doença grave em 2016 vários amigos e parentes me ouviram vaticinar que eu não tinha mais como suportar. E era a mais pura verdade: eu não teria suportado se dependesse unicamente de mim.

Como destaca Rob Bell, Deus é o nosso Pai que sabe o caminho seguro e nos protege em seus braços - como Ele, no rumo de casa, estamos seguros. Vai chover, vão cair tempestades, vamos ter frio, medo, aflição, podemos até nos machucar, mas a certeza que podemos ter é o cuidado e a proteção do Senhor em todo tempo.

Se 2016 foi um ano difícil, podemos estar certos que, se não sucumbimos, foi devido à ação amorosa de Deus.


Se o Eterno não tivesse nos socorrido
— todos juntos agora, Israel, cantem! —;
Se o Eterno não tivesse nos socorrido
quando todos foram contra nós,
Teríamos sido engolidos vivos
por uma onda de violência,
Afogados pela enchente da ira,
arrastados pela correnteza.
Teríamos perdido a vida
naquelas águas agitadas e violentas.

Salmo 124. 1-5



Em suma: 2016 foi um péssimo ano, mas poderia ter sido pior não fosse o cuidado do Senhor conosco - cuja constância podemos contar em 2017.

Se esses dias de aflição seguissem o curso normal, ninguém suportaria.


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